A taxa de
desemprego no Brasil no trimestre encerrado em junho caiu para 8%, segundo os
dados da PNAD Contínua divulgados hoje pelo IBGE.
O que diz a PNAD?
É a menor
taxa de desemprego para um 2º trimestre desde 2014. Houve um recuo de 0,8 ponto percentual em
relação ao 1º trimestre do ano (8,8%) e queda de 1,3 ponto percentual ante o
mesmo período de 2022 (9,3%). Na série histórica trimestral, foi o melhor
resultado desde o 4º trimestre do ano passado (7,9%).
Há 8,6
milhões de desempregados no Brasil. Houve
uma queda de -8,3% (menos 785 mil) frente ao trimestre anterior e -14,2% (menos
1,4 milhão) em um ano.
As projeções para a taxa de desemprego variavam entre 8,0% e 8,4%.
Mais 1,1
milhão de pessoas conseguiram trabalho em relação ao último trimestre. Com isso, a população ocupada chegou a 98,9 milhões. O percentual
de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar subiu para 56,6%.
O número de
trabalhadores com carteira assinada ficou estável na comparação
trimestral. Em um ano, porém,
cresceu 2,8% (991 mil empregos).
Já a taxa de informalidade aumentou para
39,2%. No 1º trimestre, foi de 39%. Há um ano, porém
estava em 40%.
O salário médio recebido foi de R$ 2.921. O valor representa estabilidade em relação ao trimestre encerrado em
março e um crescimento de 6,2% no comparativo anual. A massa de todos os
rendimentos provenientes do trabalho no país somou R$ 284,1 bilhões e também
ficou estável em três meses, mas aumentou 7,2% na comparação anual.
Diferença entre Pnad e Caged
Dados do
Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) são do governo federal. Os
números se referem apenas a contratos regidos pela CLT, e são as próprias
empresas que preenchem as informações em um sistema próprio.
Já a Pnad
do IBGE é mais ampla, e compreende o mercado de trabalho informal. O
levantamento é feito com entrevistadores, que perguntam sobre a situação de
trabalho de uma amostra da população.
Metodologia
A Pnad
Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no
país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil
domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na
pesquisa, em 26 estados e no Distrito Federal.
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