Assembleia Legislativa do Maranhão

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Itália cria imposto de 40% sobre 'lucro extraordinário' de bancos com juros mais altos

A Itália anunciou a cobrança de um imposto de 40% sobre o que o governo chamou de "lucros extraordinários" dos bancos. O argumento é de que a alta na taxa de juros praticada na Europa aumentou de forma atípica os ganhos das instituições financeiras. O Banco Central Europeu tem subido a taxa básica de juros nos países do euro desde meados do ano passado para tentar conter a escalada da inflação.

Segundo o governo italiano, os bancos locais não repassaram aos poupadores (que depositam os recursos nas instituições financeiras em troca de uma remuneração paga em juros) o ganho maior com a alta nas taxas do euro.

Por isso, agora, haverá a cobrança de um imposto extra sobre este lucro adicional das instituições financeiras.

O anúncio do novo imposto derrubou as ações de bancos italianos e de outros de países europeus. Espanha e Hungria já adotaram tributos similares sobre os ganhos de instituições financeiras e há o temor de que outros governos sigam a mesma estratégia.

As ações do banco Intesa Sanpaolo caíam 8,6% na manhã desta terça-feira e os papéis do UniCredit recuavam 6,7%. Segundo estimativas da Bloomberg, em poucas horas o valor de mercado dos principais bancos italianos foi reduzido em nada menos do que US$ 9,5 bilhões.

A expectativa é que o governo italiano arrecade € 3 bilhões com o imposto, que será cobrado uma única vez, em junho de 2024, tendo como referência o lucro dos bancos este ano com o spread de juros (diferença entre o que recebe nas suas operações de empréstimo e o quanto remunera seus poupadores).

Não é só na Itália que os governos tentam apertar o cerco aos lucros extras dos bancos com a alta dos juros. O governo espanhol também surpreendeu os investidores no ano passado quando anunciou que cobraria um imposto extra dos bancos à medida que as taxas de juros subiam, com o objetivo de arrecadar € 3 bilhões o longo de dois anos.

O imposto será aplicado em 2023 e 2024 e faz parte de uma série de medidas implementadas pelo primeiro-ministro socialista Pedro Sánchez para financiar políticas que visam mitigar o impacto da inflação. O país pretende impor uma taxa de 4,8% sobre a receita dos bancos proveniente de juros e comissões.

(O Globo)


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