A semana que
começa será repleta de divulgações de resultados econômicos e ainda uma Super
Quarta, com decisões sobre juros aqui e nos Estados Unidos. O blog conversou
com vários economistas para saber sobre suas projeções. Acompanhe a agenda:
Terça-feira (12 de dezembro)
- IPCA: Os economistas e bancos ouvidos
esperam que a inflação de setembro venha em torno de 0,25% ao mês,
desacelerando para 4,66% no acumulado de 12 meses. Rafael Costa, do BGC
Liquidez, salienta que o destaque fica por conta da incerteza relacionada
aos descontos do Black Friday. Para o Santander, além das ofertas, o
aumento nos preços das passagens aéreas e alimentação no domicílio devem
mais do que compensar a queda esperada para a gasolina e para os itens
afetados pela Black Friday. "No geral, acreditamos que o IPCA de
novembro ainda apresentará melhorias adicionais no processo de desinflação
e uma composição favorável. No entanto, algumas das medidas de núcleo
parecem estar se estabilizando em torno de um patamar
bem-comportado".
Quarta-feira (13 de dezembro)
- Pesquisa Mensal de Serviços (PMS): Claudia Moreno, economista do C6
Bank, projeta alta de 1,2% para outubro. No ano, deve crescer 2,6%. O
Santander prevê uma variação de 0,5% no mês. Alexandre Mathias,
estrategista-chefe da Monte Bravo, considera que haverá uma alta de 0,4% ,
impulsionada por um crescimento de renda e de emprego.
- Selic: Para Luis Otávio Leal,
economista-chefe da G5 Partners, será muito difícil que o Banco
Central mude o rumo e decida algo diferente de um corte de 0,50pp.
"Primeiro porque ele se comprometeu fortemente com a queda de 0,50 pp não só nos seus últimos
documentos (Comunicado e Ata), como também nas entrevistas dados por
Roberto Campos, Gabriel Galípolo e Fernanda Guardado. Além disso, temos os
problemas fiscais ainda não resolvidos, a inflação que, apesar de estar
mostrando um desempenho favorável nos últimos meses, ainda se encontra bem
acima da meta, sem contar que as expectativas de inflação ainda não
convergiram para a meta". Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova
Futura Investimentos, lembra que, desde a última reunião, houve uma
distensão significativa no cenário externo, com os juros americanos saindo
da faixa de 4,90% da última reunião para 4,30% e com menores riscos
geopolíticos, enquanto no cenário local as dinâmicas de queda da inflação
e resiliência da atividade continuaram. "A queda do dólar desde a
última reunião e a dinâmica benigna dos últimos IPCAs sugerem que 0,75%
seria possível, mas acreditamos que 0,50% será a opção do Copom devido à
surpresa no PIB do 3T23, que teve forte expansão do consumo das famílias.
Em nossa visão, a discussão sobre aceleração do ritmo de cortes ficará
para 2024". Para Rafaela Vitória, do Banco Inter, a
mudança no comunicado poderia ser deixar em aberto os próximos cortes, e
aí sim teria espaço para alguma aceleração caso a inflação continue
surpreendendo para baixo.
- Juros norte-americanos: Daniel Mariga, especialista em
investimentos sênior na WIT Invest, diz que a expectativa é de manutenção
da taxa de juros, entre 5,25% e 5,50%. "Seria muito bom termos cortes
nos EUA, assim como temos no Brasil, mas dificilmente isso ocorrerá no
curto prazo. A economia norte-americana ainda está aquecida, com um alto
número de empregos, não indicando que teremos uma desaceleração econômica.
Porém, se a inflação continuar arrefecendo, podemos ser surpreendidos com
quedas na taxa de juros".
Quinta-feira (14 de dezembro)
- Pesquisa Mensal do Comércio (PMC): Para Otávio Leal,
economista-chefe da G5 Partners. a expectativa é de alta 0,6% na versão
restrita e de 0,5% na ampliada em outubro e de 1,8% e 2,3%,
respectivamente, em 2023 como um todo. O Santander projeta variações de
0,2% e 0,1% m/m para o restrito e ampliado, respectivamente (ou 1,2% e
3,4% a/a, respectivamente). Para Claudia Moreno, do C6 Bank, a
projeção é de alta de 0,9% para o varejo ampliado de outubro. No ano
deve crescer 3%. Caio Schettino, head de alocações da Criteri, lembra que
é válido ressaltar que o segundo semestre apresenta dados fracos de
atividade no mundo inteiro; naturalmente, o Brasil, por estar inserido na
economia global, não conseguiu se isentar. Enxergamos um menor ritmo de
crescimento da China nos próximos anos, bem como uma recessão técnica em
países importantes da Europa, que limitam o potencial de crescimento do
Brasil em 2024.
Sexta-feira (15 de dezembro)
- IBC-Br: Santander projeta que
será de -0,1% m/m (1,8% a/a).
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