Assembleia Legislativa do Maranhão

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Super semana da economia tem Copom, inflação, dados do varejo e de serviços

A semana que começa será repleta de divulgações de resultados econômicos e ainda uma Super Quarta, com decisões sobre juros aqui e nos Estados Unidos. O blog conversou com vários economistas para saber sobre suas projeções. Acompanhe a agenda:

Terça-feira (12 de dezembro)

  • IPCA: Os economistas e bancos ouvidos esperam que a inflação de setembro venha em torno de 0,25% ao mês, desacelerando para 4,66% no acumulado de 12 meses. Rafael Costa, do BGC Liquidez, salienta que o destaque fica por conta da incerteza relacionada aos descontos do Black Friday. Para o Santander, além das ofertas, o aumento nos preços das passagens aéreas e alimentação no domicílio devem mais do que compensar a queda esperada para a gasolina e para os itens afetados pela Black Friday. "No geral, acreditamos que o IPCA de novembro ainda apresentará melhorias adicionais no processo de desinflação e uma composição favorável. No entanto, algumas das medidas de núcleo parecem estar se estabilizando em torno de um patamar bem-comportado".

 

Quarta-feira (13 de dezembro)

  • Pesquisa Mensal de Serviços (PMS):  Claudia Moreno, economista do C6 Bank, projeta alta de 1,2% para outubro. No ano, deve crescer 2,6%. O Santander prevê uma variação de 0,5% no mês. Alexandre Mathias, estrategista-chefe da Monte Bravo, considera que haverá uma alta de 0,4% , impulsionada por um crescimento de renda e de emprego.

 

  • Selic:  Para Luis Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, será muito difícil que o Banco Central mude o rumo e decida algo diferente de um corte de 0,50pp. "Primeiro porque ele se comprometeu fortemente com a queda de 0,50 pp não só nos seus últimos documentos (Comunicado e Ata), como também nas entrevistas dados por Roberto Campos, Gabriel Galípolo e Fernanda Guardado. Além disso, temos os problemas fiscais ainda não resolvidos, a inflação que, apesar de estar mostrando um desempenho favorável nos últimos meses, ainda se encontra bem acima da meta, sem contar que as expectativas de inflação ainda não convergiram para a meta". Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, lembra que, desde a última reunião, houve uma distensão significativa no cenário externo, com os juros americanos saindo da faixa de 4,90% da última reunião para 4,30% e com menores riscos geopolíticos, enquanto no cenário local as dinâmicas de queda da inflação e resiliência da atividade continuaram. "A queda do dólar desde a última reunião e a dinâmica benigna dos últimos IPCAs sugerem que 0,75% seria possível, mas acreditamos que 0,50% será a opção do Copom devido à surpresa no PIB do 3T23, que teve forte expansão do consumo das famílias. Em nossa visão, a discussão sobre aceleração do ritmo de cortes ficará para 2024".  Para Rafaela Vitória, do Banco Inter, a mudança no comunicado poderia ser deixar em aberto os próximos cortes, e aí sim teria espaço para alguma aceleração caso a inflação continue surpreendendo para baixo.

 

  • Juros norte-americanos: Daniel Mariga, especialista em investimentos sênior na WIT Invest, diz que a expectativa é de manutenção da taxa de juros, entre 5,25% e 5,50%. "Seria muito bom termos cortes nos EUA, assim como temos no Brasil, mas dificilmente isso ocorrerá no curto prazo. A economia norte-americana ainda está aquecida, com um alto número de empregos, não indicando que teremos uma desaceleração econômica. Porém, se a inflação continuar arrefecendo, podemos ser surpreendidos com quedas na taxa de juros".

 

Quinta-feira (14 de dezembro)

  • Pesquisa Mensal do Comércio (PMC): Para  Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners. a expectativa é de alta 0,6% na versão restrita e de 0,5% na ampliada em outubro e de 1,8% e 2,3%, respectivamente, em 2023 como um todo. O Santander projeta variações de 0,2% e 0,1% m/m para o restrito e ampliado, respectivamente (ou 1,2% e 3,4% a/a, respectivamente).  Para Claudia Moreno, do  C6 Bank, a projeção é de  alta de 0,9% para o varejo ampliado de outubro. No ano deve crescer 3%. Caio Schettino, head de alocações da Criteri, lembra que é válido ressaltar que o segundo semestre apresenta dados fracos de atividade no mundo inteiro; naturalmente, o Brasil, por estar inserido na economia global, não conseguiu se isentar. Enxergamos um menor ritmo de crescimento da China nos próximos anos, bem como uma recessão técnica em países importantes da Europa, que limitam o potencial de crescimento do Brasil em 2024.

 

Sexta-feira (15 de dezembro)

  • IBC-Br: Santander projeta que será de -0,1% m/m (1,8% a/a).

 

 

 


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