Assembleia Legislativa do Maranhão

quarta-feira, 22 de maio de 2024

Governo adota Pix para FGTS, taxas e impostos

 

O uso do Pix pelo setor público pode representar apenas 1% do volume de transações do sistema de pagamentos instantâneos, mas está trazendo economias significativas para o governo. Um dos principais exemplos é o recolhimento do FGTS pelo Pix, que começou em março e tem potencial de economia de R$ 180 milhões por ano para o fundo com a redução de 95% dos gastos com tarifas bancárias, segundo o Banco Central.

Não é um exemplo isolado. O Tesouro Nacional já economizou cerca de R$ 10 milhões com a adoção da modalidade de pagamento na arrecadação de taxas e de pagamentos de órgãos federais. Além disso, cresce a cada semestre o recolhimento de impostos via Pix.

Em todo o país, já são mais de 15 mil usuários únicos da administração pública no Pix, conforme o Banco Central. O BC considera as operações relacionadas ao setor público, para recebimento ou pagamento, como uma das fronteiras de crescimento mapeadas para o Pix, que está em trajetória ascendente após quase 4 anos do lançamento, em novembro de 2020.

O sistema de transferências instantâneas está chegando a 5 bilhões de operações por mês, movimentando R$ 2 trilhões. Já as transações envolvendo governos somaram quase 15 milhões em abril ou R$ 18 bilhões.

“Em geral, o uso do Pix no governo depende de ajustes nos sistemas de automação utilizados, o que demanda tempo e priorização de esforços. Há ainda bastante espaço para a ampliação do uso do Pix nesse segmento”, afirmou o BC em nota.

O Pix passou a ser adotado como única forma de recolhimento do FGTS por todos os empregadores do país, à exceção de microempreendedores individuais (MEI) e empregadores domésticos a partir de março, com recolhimento em abril. Segundo o Ministério do Trabalho, são 4,5 milhões de empregadores que passaram a usar a plataforma do FGTS Digital e, assim, o Pix.

De acordo com as estatísticas do Pix, houve aumento de 73% no fluxo financeiro de empresas para o governo no quarto mês deste ano, para R$ 5,7 bilhões.

Antes, o custo cobrado pelos bancos conveniados a cada transação relativa ao FGTS era de cerca de R$ 2. Agora, pode ser de centavos. E a rede arrecadadora sai de menos de 20 instituições financeiras para quase 800, considerando os participantes do Pix.

No lançamento da modalidade, o Ministério do Trabalho afirmou que a mudança promove a rapidez na arrecadação e no depósito de valores recolhidos nas contas vinculadas dos trabalhadores.

 

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