A Argentina coroou neste domingo (14) um ciclo histórico, ao
conquistar a Copa América 2024, com vitória sobre a Colômbia, por 1 a 0, na
prorrogação da decisão disputada em Miami, nos Estados Unidos. Lautaro Martínez
foi quem definiu o placar, na etapa final do tempo extra.
A
Albiceleste se tornou a segunda seleção do mundo, depois da Espanha, a
conquistar três taças importantes em sequência, depois do título da Copa
América em 2021 e do título mundial no Qatar em 2022.
Até
2021, a Argentina foi uma seleção sem rumo e só conseguiu deixar as frustrações
para trás com o título continental conquistado no Brasil, que deu início à
sequência histórica, sob a batuta do maestro Lionel Messi.
Desta
vez, porém, o argentino viu o desfecho da decisão do banco de reservas depois
de ser substituído no segundo tempo por lesão.
Mesmo
sem seu capitão, a Argentina chegou à vitória e superou o que foi uma caótica
Copa América nos EUA, marcada por uma grande confusão antes da partida, quando
torcedores sem ingressos tentaram invadir o estádio, atrasando o início do jogo
em 1h20.
Quando a bola, enfim, rolou, as duas equipes mostraram que, pelo
menos, o atraso não afetou a condição dos atletas. Principalmente dos
colombianos, que fizeram pressão nos argentinos nos minutos iniciais e deram
trabalho ao goleiro Dibu Martínez.
Aos
poucos, os atuais campeões equilibraram o confronto e, também rondaram a área
colombiana, porém com mais dificuldades para descolar boas finalizações. A
melhor chance foi um chute mascado de Messi.
O
empate parcial sem gols acabou justo pela produção das duas equipes. Antes do
segundo tempo, show mesmo só da cantora colombiana Shakira durante o intervalo,
um tipo de evento raro no futebol em meio a um jogo, mas bastante comum em
eventos esportivos nos EUA, como o Super Bowl.
Depois da apresentação, foi a Argentina que armou uma pressão
inicial sobre o adversário, sobretudo em lances com Di Maria pela esquerda. Em
seu último jogo com a camisa da seleção, o meia foi um dos mais procurados
pelos companheiros e teve uma das principais chances da etapa final, defendida
por Cuesta.
O
camisa 11 encerrou uma trajetória com 145 partidas pela Argentina entre
amistosos e torneios oficiais, com um histórico de títulos: Olimpíadas, em
2008, Copa América, em 2021, finalíssima, em 2022 e a Copa do Mundo do Qatar.
Seu
papel de liderança na final com a Colômbia se tornou ainda mais importante aos
20 minutos da etapa final, quando Lionel Messi deixou o gramado por causa de
uma lesão muscular. Nicolás González foi quem teve a missão de entrar no lugar
do capitão. Sentado no banco de reservas, Messi foi às lágrimas, pois foi,
possivelmente, a última final dele pela seleção, já que ele não definiu se vai
disputar a Copa de 2026.
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Messi lamenta a sua contusão |
Foi do banco que o astro viu a Colômbia reclamar de um possível
pênalti em Córdoba, não confirmado pelo VAR, e depois um gol da argentina,
anotado por González, mas anulado por impedimento.
Sem
gols válidos durante o tempo regulamentar, a partida se arrastou até a
prorrogação, quando Lautaro Martinez definiu a decisão no segundo tempo da
arrastada disputa nos EUA.
Antes
da decisão, porém, o clima no estádio foi marcado por uma grande confusão e
tensão envolvendo milhares de torcedores sem ingressos que tentaram invadir o
estádio.
(Texto de Luciano Trindade/Folha SP)