Assembleia Legislativa do Maranhão

terça-feira, 23 de julho de 2024

Entenda o que é a febre do oropouche e como se prevenir

 

Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito do mangue

A febre do Oropouche é uma doença viral transmitida principalmente por mosquitos do gênero Culicoides paraensis (diferente do Aedes, transmissor da dengue e chikungunys).

O vírus oropouche é endêmico em algumas regiões da América Latina, especialmente na Amazônia. A doença se manifesta com sintomas que podem incluir febre altador de cabeça intensa, dores no corpo e nas articulações e, em alguns casos, erupções cutâneas.

No último sábado (20), pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgaram uma investigação de quatro mortes suspeitas relacionadas à febre do oropouche na Bahia. Esses casos acendem um sinal de alerta para a necessidade de reforçar a vigilância e as medidas de controle, especialmente em áreas endêmicas e regiões densamente povoadas.

Transmissão vertical

Além disso, tanto o Ministério da Saúde quanto a Opas, ligada à OMS (Organização Mundial da Saúde), investigam casos de transmissão vertical do Oropouche da mãe para o bebê, o que pode acarretar em riscos no desenvolvimento fetal, incluindo microcefalia.

  • Relembre: a microcefalia é uma condição em que o cérebro do bebê não se desenvolve adequadamente, resultando em uma cabeça menor do que a média. Casos foram notificados no Brasil entre 2015 e 2016 quando o país vivia uma epidemia de zika.

Como se prevenir

Como toda arbovirose (infecção transmitida por mosquitos), a principal forma de prevenção da oropouche é o combate ao inseto. Veja abaixo algumas dicas para evitar a transmissão:

  • Eliminação de criadouros: assim como contra o Aedes, o combate ao Culicoides se dá pela remoção de qualquer foco de água parada em recipientes como vasos de plantas, pneus velhos e outros locais que possam servir de local para reprodução do inseto;
  • Repelentes: aplicar repelentes de insetos nas áreas expostas da pele e nas roupas pode reduzir o risco de picadas de mosquitos;
  • Dentro de casa: a instalação de telas em portas e janelas, além de mosquiteiros em camas e redes de dormir pode impedir a entrada dos insetos;
  • Atenção para os sintomas: se você mora em uma área endêmica para oropouche, fique atento a sintomas como febre, dor de cabeça e dores no corpo, e procure atendimento médico em caso de suspeita.

Há risco de epidemia?

Embora seja uma doença emergente, com potencial risco para a saúde pública, o país registrou, até o momento, 7.044 casos, sendo a maioria na região da Amazônia –onde é considerada endêmica.

Foram detectados casos no Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins. Antes, eles ficavam restritos ao Norte do país.

Outro ponto importante é ampliar a comunicação dos riscos e das medidas preventivas individuais através de campanhas de conscientização e divulgação de orientações das autoridades de saúde. Manter-se informado e agir rapidamente em caso de surtos pode fazer a diferença na contenção do vírus.

(informações da Folha SP)

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