Assembleia Legislativa do Maranhão

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Economia tem alta de 1,4%, a maior desde 2020

Com impulso da demanda interna, a economia brasileira cresceu acima das projeções de analistas no segundo trimestre de 2024, indicam dados divulgados nesta terça (3) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A alta do PIB (Produto Interno Bruto) chegou a 1,4% ante os três meses iniciais deste ano. Na mediana, o mercado financeiro esperava taxa de 0,9%, conforme pesquisa da agência Bloomberg.

O desempenho mostra uma aceleração do PIB após avanço revisado de 0,8% para 1% no primeiro trimestre. A alta de 1,4% é a maior desde o quarto trimestre de 2020 (3,7%), quando a pandemia deixou a base de comparação fragilizada.

"O crescimento do segundo trimestre está totalmente concentrado na demanda interna, especialmente em consumo das famílias e investimentos", disse Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

O PIB está no maior nível da série histórica do instituto, iniciada em 1996. O resultado de abril a junho ocorreu em meio a um contexto de mercado de trabalho aquecido e transferências governamentais.

Após a divulgação dos dados, analistas passaram a enxergar crescimento maior para o acumulado deste ano.

As projeções para o PIB de 2024 agora estão mais próximas de 3%, em patamar similar aos números registrados em 2023 (2,9%) e 2022 (3%).

Conforme Sergio Vale, economista-chefe da consultoria MB Associados, o desempenho da atividade econômica neste ano é anabolizado pela expansão de gastos do governo federal.

Isso leva a uma incerteza sobre a sustentabilidade do ritmo de crescimento nos próximos anos, diz o analista. A MB subiu sua projeção de PIB em 2024, de 2,4% para 2,8%, e espera uma desaceleração a 1,8% em 2025.

"Tivemos um resultado [no segundo trimestre] via demanda mais forte, cuja causa é a política fiscal", afirma Vale. Ele defende a realização de ajuste nas contas para assegurar equilíbrio macroeconômico nos próximos anos.

O economista Claudio Considera, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), diz não ter uma visão pessimista sobre o cenário.

Ele destaca o desempenho positivo de componentes como consumo, investimentos e indústria no segundo trimestre. "A economia está indo muito bem. Está crescendo nos lugares certos."

(Folha SP) 


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