Por Bela Megale
Dois meses
depois de sinalizar, publicamente e a portas fechadas, que Tarcísio de Freitas seria
uma opção para concorrer à Presidência em 2026, Jair Bolsonaro não quer
mais ouvir falar da ideia. O ex-presidente tem deixado claro a aliados que
acredita que, se o governador de São Paulo subisse a rampa do Palácio do
Planalto, ele “ganharia perdendo”.
Em conversas
recentes com integrantes do PL, Bolsonaro destaca três motivos principais para
que o governador não seja o candidato da direita contra Lula na próxima eleição.
O capitão reformado aponta que Tarcísio
não abriria espaço para ele fazer as nomeações que quisesse em um governo como
presidente. Em segundo, destaca que não será ouvido como gostaria pelo pupilo.
Em terceiro, Bolsonaro enfatiza ao seu grupo que não poderá criticar uma
eventual gestão de Tarcísio na cadeira do Palácio Planalto, como faz com os
adversários.
A proximidade entre Tarcísio e o
presidente do PSD, Gilberto Kassab, que é secretário de governo do Palácio dos
Bandeirantes, também segue irritando o ex-presidente. Bolsonaro deixa latente
seu incômodo com as declarações de Kassab, seu desafeto, ao mostrar influência
sobre futuro político de Tarcísio e se este disputará ou não a Presidência
contra Lula, em 2026.
Como informou a coluna, hoje a opção
que Bolsonaro trabalha para 2026, mesmo inelegível, é ele ser o cabeça de chapa
e seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ocupar o posto de vice. Se seguir
com o plano, o capitão reformado adotaria uma ação similar à do presidente Lula.
Quando estava preso, em 2018, o petista foi lançado como candidato à
Presidência e, depois, por estar inelegível naquele momento, foi substituído
por Fernando Haddad.
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