A inflação oficial do Brasil fechou 2024
com alta acumulada de 4,83%, segundo dados apresentados nesta sexta-feira (10)
pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com a variação, o
IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ultrapassa o teto da meta.
As carnes (20,84%), a gasolina (0,71%),
os planos de saúde (7,87%), o óleo de soja (29,21%), o azeite de oliva
(21,53%), o café moído (3,6%) e o leite longa vida (18,83%) aparecem entre os
vilões do bolso dos brasileiros no ano passado.
Como foi o IPCA
Inflação ficou em 4,83% no acumulado de
2024. A variação é a maior para um período entre janeiro e dezembro desde 2022,
quando o IPCA acumulou alta de 5,78%. Em 2023, a inflação anual foi de 4,62% e
ficou dentro do intervalo da meta após dois anos seguidos de descumprimentos.
Veja a variação de cada um dos grupos
Alimentação e bebidas: 7,69%
Educação: 6,7%
Saúde e cuidados pessoais: 6,09%
Transportes: 3,3%
Habitação: 3,06%
Despesas pessoais: 2,94%
Comunicação: 2,94%
Vestuário: 2,78%
Artigos de residência: 1,31%
O que é o IPCA
Inflação oficial é calculada a partir de
377 produtos e serviços. A escolha pelos itens tem como base o consumo das
famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos. O cálculo final considera
um peso específico para cada um dos itens analisados pelo indicador.
IPCA abrange a evolução dos preços em
nove grandes grupos. As análises consideram as variações apresentadas por itens
das áreas de alimentação e bebidas, artigos residenciais, comunicação, despesas
pessoais, educação, habitação, saúde e cuidados pessoais, transportes e
vestuário.
Análise mensal é realizada nos grandes
centros urbanos do Brasil. Para isso, o IBGE realiza as coletas de preços nas
regiões metropolitanas de Belém (PA), Fortaleza (CE), Recife (PE), Salvador
(BA), Belo Horizonte (MG), Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP),
Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e do Distrito Federal. Também há pesquisadores
nos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
Em tempo:
Banco Central terá que justificar furo da
meta. A determinação estabelece que o presidente do BC (Banco Central)
encaminhe uma carta pública para o ministro da Fazenda sempre que a inflação
superar a meta definida pelo CMN. A publicação deve acontecer ainda nesta
sexta-feira.
(Uol)
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