Assembleia Legislativa do Maranhão

sexta-feira, 28 de março de 2025

O que Trump já taxou e como o Brasil sai perdendo com isso

 

A política de taxação dos parceiros comerciais dos Estados Unidos, adotada e anunciada pelo presidente Donald Trump a todo momento, já afetou o Brasil. A tarifa de 20% na importação do aço, adotada em 12 de março, ainda não teve tempo para ser suficiente medida, mas pode causar um prejuízo de até R$ 8,7 bilhões —pouco se comparado ao restante do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, mas que não deixa de ser relevante.

Porém, o "tarifaço" previsto a partir do dia 2 de abril pode fazer o Brasil sentir um pouco mais os efeitos da "mão pesada" de Trump, ainda que tente negociar por vias diplomáticas um arrefecimento das medidas.

lista de produtos que já foram ou podem ser taxados por Trump e que afetam o país:

Aço e alumínio: valendo desde 12 de março, total de 25%. Afeta o Brasil principalmente pelo aço. Como já relatado na reportagem, conforme o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada estimativa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o prejuízo pode ficar na casa de RS 8,7 bilhões.

Cobre: sem data oficial. Em 25 de fevereiro, Trump pediu para para a secretaria de Comércio avaliar quanto os EUA pagam pelo cobre importado, para avaliar uma tarifa. A situação pode afetar indiretamente as exportações brasileiras devido ao crescimento mais lento de países como Chile e México. O Brasil exporta pouco desse metal aos EUA, então é provável que o efeito direto da taxa não seja tão relevante.

Etanol: pode entrar no pacote de 2 de abril. O presidente americano já havia falado claramente do exemplo do combustível, que tem uma taxa de importação cobrada pelo Brasil (18%) maior (2,5% dos EUA). Previsão é que a taxa seja, pelo menos, igualada. Apesar da medida, especialistas ouvidos pelo UOL não acreditam em impacto significativo.

Polietileno - um tipo de plástico: não há informação oficial. A suspeita é porque o Brasil cobra hoje 20% de taxa de importação, mas o valor pode subir para 41% após uma investigação antidumping promovida pelo Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio).

Toras, chapas de madeira e derivados: ainda sem data. Em 1º de março, a Secretaria de Comércio começou a avaliar as taxas de importação de toras e chapas de madeira. Caso haja uma taxação, Brasil pode ser levemente impactado, já que a exportação desses produtos aos EUA não é significativa.

Semicondutores: ainda sem data. Mesmo com investimentos, Brasil mais importa que exporta esse produto, sendo ainda dependente do mercado exterior.

Produtos farmacêuticos: ainda sem data. Quando falou dos semicondutores, Trump disse que também pretendia avaliar taxas para produtos farmacêuticos, mas não houve uma comunicação oficial dessa possibilidade. Pode afetar indiretamente o Brasil.

Retaliação por negociação com Venezuela: ainda na ameaça. Embora o Brasil importe principalmente energia da Venezuela, o impacto direto dessa medida sobre o país é considerado limitado.

Carros e peças de automóveis: válida a partir de 2 de abril. Brasil pode ser impactado com decisão, mesmo que o objetivo principal da medida seja atingir México, Canadá e Europa.

Produtos agrícolas: válida a partir de 2 de abril, mas ainda não há uma lista de quais produtos serão taxados.

(Uol)

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